Leitura: Coração de Tinta
Certamente
quem nunca ouviu falar de Coração de Tinta, o que se tornou mais difícil,
depois do lançamento do filme em 2009 (aliás, um filme bem feiosinho),
certamente se encantaria logo de cara com sua capa.
Aquele famoso ditado ‘não julgue o livro pela capa’ não serve para Coração de
Tinta. Ela já mostra de primeira, toda a magia que existe em suas páginas.
Eu não sou a favor de contar muito o conteúdo dos livros,
portanto acho difícil vocês verem por aqui alguma resenha minha explicando tudo
o que acontece dentro deles. Isso estraga a história. Sou a favor até, de, se
você for realmente ler, não espie nem a sinopse na parte de trás da capa,
porque isso também estraga (as editoras não são muito preocupadas em dar
spoilers importantes). E se já viu o filme, bem, não preciso dizer que não
chega aos pés do que realmente a obra de Cornélia Funke é. Como disse um
crítico que eu nunca soube o nome: ‘Alguns personagens realmente não devem sair
dos livros.’ Reflita. Depois que você ler o livro vai entender o que ele quis
dizer.
De qualquer forma, lá vai um resuminho: Meggie tem doze anos e o
mesmo amor incontrolável por livros que seu pai, Mo. Mo é um encadernador de
livros, que por conta de seu trabalho viaja com sua filha de tempos em tempos.
Uma bela noite chuvosa, enquanto Meggie está lendo, vê um estranho da janela de
seu quarto encarando sua casa fixadamente, como se não sentisse as gotas de
chuva caindo em sua pele. Com certo medo, ela vai correndo avisar ao pai do estranho,
que para ele, pelo visto, não era tão estranho assim. Coisas começam a
acontecer daí. Sobre o estranho, sobre o fato de terem de viajar de novo e
sobre um livro. Um maldito livro.
‘‘O ofício de escrever histórias, tem algo a ver com magia.’’
E fica aí, a capa que eu tanto falei:
Ele, e suas continuações: Sangue de Tinta (o verdinho) e Morte de Tinta (o azulzinho). Embora eu tenha notado uma descaracterização da Maggie, ambos
mantêm a magia do primeiro. E temos
que agradecer ao filme por isso, sem ele as continuações de Coração de Tinta
nunca seriam lançadas aqui no Brasil (esperei três anos pela tradução do
segundo). Só depois de ficar mais ‘famosinho’ é que resolveram traduzir. Pelo
menos para isso o filme serviu. Tá, foi a última sobre o filme, juro.
Beijos literários, Deh.